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sábado, 10 de novembro de 2012

COLETÂNEA: LIBERDADE, AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE - IRMÃO K


Pode-se dizer que existem tantas liberdades diferentes como seres humanos.
Mas, em definitivo e fundamentalmente, o ser humano é livre?
E de qual Liberdade se fala?
Qual Liberdade se vive?

A Liberdade, depois de tudo, é apenas um conceito que vai se aplicar, segundo seus desejos, suas próprias percepções. A Liberdade da qual venho falar não está contaminada de nada de tudo isso.
A Liberdade de que falo é, obviamente, a Liberdade do Espírito.

Ora, o espírito humano não é livre.
Definitivamente, a questão que vocês devem se colocar, a fim de definir o que é a Liberdade espiritual, é colocarem-se a questão de sua própria Liberdade. Vocês são livres? Vocês são livres para estar aqui ou estar em outro lugar? Vocês são livres para ir para o Ilimitado e viver o Ilimitado? Vocês são livres de qualquer condicionamento, de qualquer crença, de qualquer apego?

De fato, a Liberdade pode se definir apenas como uma capacidade, bem real, de escapar a todo condicionamento e a toda crença. Em qual momento o ser humano é livre? Em consequência do que se pode facilmente afirmar que a Liberdade, no sentido o mais espiritual, não existe absolutamente sobre esse mundo.

Mesmo a consciência não é livre, porque sua consciência, nossa consciência, quando estamos encarnados, está exclusivamente centrada nesse corpo que habitamos e que assimilamos e nós nos deslocamos no interior desse corpo e no interior da sociedade segundo regras, sejam fisiológicas ou sociais, isso estritamente nada muda, porque a fisiologia, como a sociedade, são limites. Não pode haver Liberdade com limites, quaisquer que sejam.

E esse mundo, como vocês sabem, como nós todos o experimentamos, é limitado. A particularidade da Liberdade é justamente não estar limitada no tempo e no espaço, enquanto que um corpo humano, sobre esse mundo, é localizado num tempo e num espaço, a cada instante. O que se abre a vocês, nesse momento, à humanidade, é, de algum modo, uma mudança. Não é unicamente uma ampliação de uma gama de frequências.

É bem mais do que isso, uma vez que a Liberdade que chega para vocês é simplesmente a possibilidade, bem real, de não mais estarem localizados no tempo e no espaço e isso, é claro, pode representar uma perturbação para uma consciência que provou a Liberdade unicamente dentro de alguns limites e unicamente no interior destes.

O que vai acontecer, o que acontece atualmente, é totalmente de outra natureza, porque o que vai se manifestar é a Liberdade espiritual total que, justamente, não tem limite. Não é, portanto, um novo quadro, não são, portanto, novas regras, novas leis, mas é a totalidade de possibilidades. O princípio da Liberdade é justamente não estar localizado em um tempo, em um espaço ou em uma Dimensão, mas ter a Liberdade de ser ao mesmo tempo isso ou aquilo sem ser, exclusivamente, isso ou aquilo.

Trata-se, de algum modo, de uma deslocalização total onde a Consciência se descobre não fixada, não limitada e onde a Liberdade nova é mesmo, como alguns puderam dizer, a própria natureza do Espírito, representando um desafio para além de uma grande liberação porque, realmente, as palavras que pronunciaram numerosos sábios realizar-se-ão, inteiramente, quer dizer que vocês se tornam o que vocês criam, a cada instante, o que não é absolutamente o caso nos mundos e nas gamas de limitação presentes sobre a Terra.

Esse salto para o desconhecido é, de fato, o retorno de sua herança e de nossa herança porque, lá onde estamos nós participamos, nós também, tendo mantido certa individualidade, destinada a servir, ainda que tenhamos acesso, é claro, ao conhecimento do Ilimitado.

Em contrapartida, para a consciência que está ainda fechada deste lado do véu, ou seja, aí onde vocês estão, a Liberdade pode ser considerada como um grande traumatismo, devido mesmo à ausência de limites, da ausência de marcadores, onde tudo se cria instantaneamente e onde nada pode ser definido em relação a um espaço ou a um tempo fixo e definitivo.
De algum modo, tudo é infinito e indefinido.

As notas, por assim dizer, estão todas no piano, mas nada há fora do piano. É basicamente isso. O que vive a humanidade nesse momento, deste lado do véu, é simplesmente o desaparecimento do piano, sem desaparecimento das notas musicais, mas, ao contrário, a gama é infinita. Ela não está mais limitada pelo instrumento. Então, é claro, para realizar isso, é preciso que a própria consciência, e não o mental discursivo, considere isso como uma possibilidade muito plausível. Não se trata de crer porque, enquanto isso não for vivido, permanecerá apenas como um sonho, mas quando acontecer, o sonho não existirá mais. Será a Verdade que a consciência poderá viver. 

Mas ela poderá vivê-la apenas se ela mesma considerou, já, aí onde vocês estão,que isso é plausível.

É claro, existem indicadores dessa consciência indo para o Ilimitado, chamados Vibrações, chamados chacras, chamados Energia. Então, é certo que algumas Consciências que vivem essas Energias aproximam-se do limite da prisão e começam a vislumbrar o que está do outro lado. A passagem do limitado ao Ilimitado representa, entretanto, um desafio para a Consciência porque, obviamente, por força de estar fechada, a consciência, poder-se-ia dizer, acostumou-se, na falta de gosto, e ali estabeleceu próprios valores de referenciais, metadados, nos quais ela própria evolui.

Então, guardem presente, na consciência, que a passagem para o Ilimitado, lá onde não existem mais regras, leis, é possível e plausível, será muito útil à própria consciência, no momento vindo.

É justamente a fé no absoluto do Espírito que permitirá, no momento desejado, imergir-se nesse Ilimitado.

Em resumo, para dizer-lhes que a Liberdade, que é frequentemente exprimida pelo ser humano como um desejo, um anseio, é bem frágil, comparada à Liberdade do Ilimitado que vai se abrir a nós. É preciso, portanto, literalmente, preparar-se, não refletindo sobre isso, mas, efetivamente, guardando presente, em algum lugar na consciência, que a Liberdade total é uma possibilidade completamente concebível.

Penetrar no Ilimitado, vocês sabem, pode fazer-se apenas pelo Coração, o que alguns de vocês vivem já, de calor, de Fogo, de Vibrações, permitindo-lhes já percorrer, mesmo no limite desse corpo, espaços inéditos que são apenas a prefiguração do que há para viver. Não há mais limites nos Mundos da Liberdade. O único limite é unicamente induzido por sua própria Criação e não depende mais do que quer que seja de exterior a vocês, seja um corpo, um sistema, um dogma, uma Crença ou o que quer que seja mais.

Essa Liberdade passa, é claro, por outra palavra e outro conceito importante, que alguns de vocês descobrem já nessa limitação, que é a Autonomia.

De fato, tornar-se autônomo (ainda que esse lado do véu onde vocês estão seja uma pálida cópia do que é a autonomia na Liberdade) é já um primeiro passo. Porque, se vocês não conseguem ser autônomos, se a Vibração de sua consciência não os torna autônomos, agora e já, desse lado do véu, vocês terão muita dificuldade para ir para sua Autonomia nos Mundos da Liberdade.

Assim, portanto, os tempos que se vivem atualmente são a ocasião única, pela própria presença da Luz e das Vibrações que percorrem seu corpo e sua consciência, para começar a viver a Autonomia e espaços de Liberdade e preparar-se, de algum modo, diretamente, ao nível da consciência, para a Liberdade.

A Liberdade não está no mental, é claro, ela não está na capacidade para pensar. 
A Liberdade está na capacidade para criar sua própria realidade, quando não existe mais qualquer limite, qualquer condicionamento. A Autonomia é também isso.

Foi-lhes frequentemente solicitado, também, por numerosos intervenientes, para entrar no Interior de si, meditar, alinhar-se, recentrar-se, Vibrar, porque é, efetivamente, a melhor preparação para ir facilmente para sua autonomia, sua Liberdade. Como vocês sabem, isso pode realizar-se apenas no Coração, mas não o Coração imaginado, não o Coração que crê, mas efetivamente a Vibração da própria Consciência por si mesma. Essa Liberação será, para cada um de vocês, diferente, e será função, isso vocês sabem também, de suas Vibrações, mas de sua capacidade, em sua consciência, para vislumbrar, justamente, essa Liberdade infinita e essa autonomia infinita.

O Coração é, portanto, esse apelo do Ilimitado da Liberdade e da Autonomia. Somente o Coração pode fazê-lo, porque o Coração é o único elemento que, na estrutura limitada desse corpo e dessa alma que nós percorremos, é a única região, o único lugar da consciência capaz de viver o Ilimitado e a Autonomia.

Mas, hoje, a humanidade chegou, coletivamente, a esse instante.
É claro, quanto mais vocês forem, individual e coletivamente (como foi o caso com a realização do veículo Ascensional coletivo chamado Merkabah) capazes de elevar-se, pela Vibração e pela consciência, mais a passagem para o Ilimitado poderá acontecer extremamente, não facilmente, mas extremamente na suavidade.

O papel do Coração e da Consciência, ao nível da Luz que transforma sua consciência e seu corpo é absolutamente fenomenal, nesse sentido que muitos intervieram solicitando-lhes para ir para essa humildade, essa simplicidade. Porque, paradoxalmente, quando se está desse lado do véu, na encarnação, há também uma espécie de reversão que faz crer que o que está em outro lugar é extremamente complicado porque, efetivamente, o que se conhece e experimenta torna-se, progressivamente, cada vez mais simples e, o que não é experimentado, ou desconhecido, aparece como complexo. Ora, é exatamente o inverso que será para viver.

Porque, onde se coloca sua Consciência, no Ilimitado, ali vocês vão. Não há limite de gamas de frequência, de corpo.

Assim, colocar-se a questão do Ilimitado e levar sua consciência no Ilimitado, quando da Passagem, os conduzirá ao Ilimitado com certeza.

Não é, portanto, uma cogitação ou um questionamento que deve torturá-los hoje, mas, simplesmente, estar colocado no bom lugar e no bom momento, correspondendo a esse mecanismo de Passagem do limitado para o Ilimitado, o que eu chamaria, como foi chamado, a última Reversão.

Questão: essa noção de Autonomia difere do Abandono à Luz?
A Autonomia e a Liberdade de que falei concernem, como eu disse, ao domínio do Espírito ao qual vocês não estão ainda presentes.

O Abandono à Luz concerne a mecanismos a viver deste lado da limitação.
O que lhes falei não lhes concerne ao agora, mas concerne, exclusivamente, ao momento da Passagem e ao momento de sua chegada nesse Ilimitado.
Vocês não podem realizar a Liberdade agora.
Vocês não podem realizar a Autonomia agora.
Vocês podem apenas ter disso fragmentos.

O Abandono à Luz, desenvolvido pelos Arcanjos, e a integração da Luz, concernem a vocês, desse lado desse mundo, desse véu, na encarnação. O que falei é destinado, eu o disse, parece-me, a esse momento privilegiado, preciso, que é a Passagem e após a Passagem. É toda a diferença.
01-04-2011

A penetração do Espírito ou do Supramental, sobre este mundo, está, como vocês o vivem, talvez, em sua fase final, possibilitando, além de palavras e conceitos, descobrir e viver a Liberdade, a Autonomia. Possibilitando, certamente, a um número crescente de Irmãos e de Irmãs encarnados, dar-se conta do que se vive, a partir do momento em que a consciência dá simplesmente um passo para sair do seu condicionamento, dos seus limites.

Pergunta: poderia desenvolver sobre a Humildade?
Resumidamente, nós podemos dizer que existem duas formas de humildade.
Uma humildade mental (que está ligada a princípios religiosos adotados) onde a humildade vai considerar, por um esforço de vontade, tornar-se humilde, silenciar, constrangendo a vontade, o conjunto das manifestações ligadas às regras deste mundo (que elas se denominem, como vocês sabem, predação, competição), para entrar em um modelo religioso ou em um modelo de crenças, qualquer que seja.

E existe uma Humildade natural da Consciência que descobre a Luz e vive a Luz e que, pouco a pouco, por esta efusão de Luz e esta realização de Luz, por toques sucessivos, vai fazer compreender as palavras de CRISTO para fazê-las viver diretamente: “vocês não podem servir dois mestres ao mesmo tempo”, “vocês não podem estar sobre este mundo, neste mundo e estar fora deste mundo”.

Abrir o Coração é tornar-se Livre, é não rejeitar quem quer que seja ou o que quer que seja, mas aceitar que cada um viva sua liberdade, mesmo se sua liberdade for oriunda, diretamente, de suas crenças e de seus confinamentos. Assim, viver o Coração não é a vontade de transformar o mundo, ainda menos a vontade de agir na ‘vontade de bem’, como isso foi transmitido por alguns ensinamentos espirituais, que apenas são ensinamentos espirituais da alma opondo-se, na totalidade, à concretização do Espírito, ou seja, à transformação deste mundo pela Luz.

Existe, em meio à personalidade, um desejo de aperfeiçoamento, mas que irá se exprimir sempre através deste mundo e sempre através da personalidade. A personalidade jamais irá permitir, por um conhecimento exterior, viver o Coração.

Apenas a partir do momento em que a personalidade se apaga, realmente e em consciência, a partir do momento em que vocês não jogam o jogo da predação, dos apegos, das crenças e dos confinamentos, quaisquer que sejam, é que a Luz do Coração, a Luz Vibral, pode, realmente, instalar-se. E isso apenas se faz, efetivamente, por esta Humildade que é a compreensão de que vocês não podem ser Luz, neste mundo, enquanto estão neste mundo.

E que a Luz não é deste mundo e ela visa, justamente, fazê-los sair deste mundo, por uma transmutação deste mundo, por completo. Não desejando transformá-lo, mas se transformando, vocês mesmos, pela ação da Luz, ou seja, pela Porta da Humildade ou da UNIDADE (o que é a mesma coisa), conduzindo à Simplicidade e à Passagem da Porta Estreita. Deste modo, então, a verdadeira Humildade é, de algum modo, a conscientização de que a Verdade não é deste mundo e de que vocês não podem encontrar qualquer verdade, mesmo oculta, em meio a este mundo, que lhes permita encontrar a solução, de alguma forma, do que vocês são, neste mundo. A única coisa que os torna Livres é a Liberdade do Espírito e, portanto, deixar se estabelecer, em si, o Si, ou seja, o Espírito.

Mas a compreensão jamais irá lhes dar acesso ao Espírito, enquanto não houver Humildade. E a Humildade é, justamente, como isso foi dito em várias ocasiões, Abandonar-se à Luz.

Mas enquanto o eu, a personalidade, quiser se apropriar da Luz para obter uma vantagem qualquer, ela não poderá viver a Luz. Esta personalidade vai sempre buscar elementos de segurança, que isso seja em um casal, em um trabalho, no dinheiro, em tudo o que faz a vida, sobre este mundo de predação e de competição. Mas o CRISTO lhes disse: “meu Reino não é deste mundo”.

E vocês não podem descobrir o Reino do Espírito, de qualquer maneira e de qualquer modo, enquanto vocês aderem a este mundo. O que não quer dizer sair deste mundo, mas, sim, mudar a própria Vibração da Consciência, não por um desejo, mas, bem mais, por um Abandono e uma Renúncia. Isso corresponde, também, ao que disse o CRISTO (a Passagem da Porta Estreita).

“ninguém poderá penetrar o Reino dos Céus se não se tornar de novo como uma criança”. E uma criança, a priori, no caso ideal, não tem qualquer crença senão aquela do instante presente.

Pergunta: qual é a relação entre Ilimitado e Humildade?
O Ilimitado não pode ser apreendido enquanto não existe Humildade. Enquanto há a necessidade de explicar, de questionar, enquanto há uma necessidade de apropriação ou de compreensão, é apenas a personalidade que se exprime.

A personalidade é condicionada e limitada.
Apenas no fim do limitado que o Ilimitado pode ser vivido.
O Ilimitado corresponde, do mesmo modo, à Unidade e, do mesmo modo, à Humildade.

Apenas no fim do limitado que o Ilimitado pode ser vivido.
Durante minha última encarnação, eu me elevei braviamente, porque não existe qualquer mestre, qualquer que seja, que seja capaz de abrir-lhes o Coração. Vocês não podem dar a Liberdade a alguém. A Liberdade se cria, em si, justamente, pelo acesso ao Ilimitado.

Mas, para isso, é preciso renunciar ao limitado. O Ilimitado não depende de qualquer condicionamento, nem de qualquer localização, espacial ou temporal.

O próprio do limitado é estar localizado em um corpo, em uma vida, em uma memória.
O Espírito, o Si, não tem que ser criado, já que ele existe de toda eternidade. Ele é independente de todo tempo e de toda localização. Jamais a personalidade, quaisquer que sejam seus esforços, pode realizar o Si.

É apenas, justamente, no momento específico em que o Si se revela, que o eu vai se apagar. Mas, em nenhum momento, o eu pode pressionar a Luz, mesmo se, para isso, vocês falem a língua dos Anjos. Como diria, eu creio, São Paulo: vocês podem conhecer todos os mistérios do Universo, isso não significa, no entanto, que vocês viverão o Coração. Porque as leis do Espírito, eu repito, não são as leis deste mundo.

Pergunta: quando vivemos com alguém que recusa a Luz, qual a atitude que devemos adotar?
Não há resposta global a esse processo, porque cada situação e cada relação são diferentes. O paradoxo sendo que aquele que vive a Luz não pode se opor, porque, senão, ele recai na Dualidade. Ele apenas pode Irradiar e Ser.

Então, é claro, isso irá se traduzir, inevitavelmente, por algumas transformações das relações. Mas isso se fará, não por uma vontade pessoal, mas, sim, pela própria Inteligência da Luz. Dessa maneira, então, se a antinomia e a oposição forem bastante importantes, a Luz, na condição de que vocês deixem-na agir, virá transformar, de maneira por vezes considerável, uma determinada relação.

Não são vocês que agem, não são vocês que decidem, mas é a evidência da própria Luz que vai criar o que deve ser criado, para que cada um possa viver sua Liberdade.
Sua liberdade limitada ou sua Liberdade Ilimitada.

Se vocês se fortalecem no Ser, pelo Abandono e pela Renúncia, vocês irão constatar que o que era difícil tornar-se cada vez mais fácil, para um como para o outro. Lembrem-se: quando vocês morrem, vocês não levam seus filhos, vocês não levam seu dinheiro, vocês não levam seu cônjuge. Vocês nada levam.

Por que isso deveria ser de outra forma no desdobramento coletivo da Luz? Aí está, para vocês, o que eu nomeei o desafio a conscientizar. Porque a Inteligência da Luz (que isso seja não importa qual situação, não importa qual relação) tem apenas um objetivo: simplificar a Consciência e a vida para vocês, mesmo se isso lhes pareça árduo, complicado, difícil.

Desde que vocês aceitam remeter-se à Inteligência da Luz, vocês irão constatar, por vocês mesmos, que as coisas vão ao sentido do Abandono à Luz, da facilidade, da Fluidez e da lei da Graça, da lei da Atração (e não mais segundo o princípio da Dualidade, isto é, da ação / reação).

Lembrem-se: independentemente do que vocês vivem, passar do limitado ao Ilimitado, passar do eu ao Si, da consciência fragmentada à Consciência Ilimitada, não pode se realizar, plenamente, enquanto vocês têm a impressão, ou a vontade, de agir contra alguma coisa.

Pergunta: enquanto homem, não mais sentir desejo sexual pela mulher, mas ver a mulher mais como uma mãe, como uma irmã, seria um indicador de que vamos para o Si?
Já que o Espírito é totalmente por si só, já que ele contém todos os outros, por que haveria necessidade de esperar uma complementaridade ligada a um sexo oposto?

Nas Dimensões Unificadas (e mesmo no que é chamado de 3ª Dimensão Unificada, que não é mais falsificada), a sexualidade não existe, a família não existe, a necessidade de comer não existe. As circunstâncias de vida, mesmo nos Mundos em carbono, ditos Unificados, não têm estritamente nada a ver com este mundo.

Este mundo é um mundo falsificado pelo Eixo ATRAÇÃO / VISÃO, onde o conjunto desta matriz apenas se mantém pela existência do que é chamado de corpo de desejo. Mas, simplesmente, o homem ou a mulher que vive a Unidade não pode exprimir as mesmas necessidades, nem os mesmos desejos, daquele que vive na personalidade.

Não há mais casal, no sentido em que vocês vivenciaram neste mundo.
Há uma amizade, há um companheirismo, há uma relação de reciprocidade na Liberdade total de um e de outro.

Como é que o Espírito (que é perfeito) e o Coração (que está Aberto) poderiam conceber uma falta do que quer que seja?

O conjunto dos desejos ligado ao Eixo ATRAÇÃO / VISÃO (que mantém este mundo e esta Ilusão) desaparece, necessariamente, desde que a Porta Estreita começa a ser atravessada, desde o momento em que a Transparência começa a aparecer em sua vida. Como poderia ser de outra forma? Vocês não podem ter frenesi e viver a Unidade.
27-11-2011

O quadro da minha intervenção surge, dentro de uma lógica, relacionado a muitos elementos que vos comuniquei no ano passado, referentes a duas palavras (ou duas expressões mais exatamente): Liberdade/ Autonomia, da outra ATRAÇÃO/ VISÃO, levando a um terceiro termo (ou a uma terceira expressão) que é: a Responsabilidade.

Os diferentes Apelos da Luz (ou as diferentes injunções da Consciência) têm resultados extremamente variados, para cada ser humano consciente, sobre esta Terra. O estado de um não é o estado de outro. Em todo caso, do lado onde vocês estão.

Qualquer que seja o vosso estado e a vossa etapa (negação, negociação, cólera, aceitação ou outra), cada mudança de paradigma, além da Liberdade e da Autonomia, chama-vos a uma forma de responsabilidade porque, definitivamente, vós sois estritamente responsáveis pelas vossas escolhas. 

Esta escolha (como o sabeis) não é mental, nem afetiva, mas puramente Vibratória.
A palavra que foi utilizada por UM AMIGO é o Absoluto pelo que ele vos disse que vocês não poderiam aí encontrar uma definição (muito menos uma compreensão) e que poderiam, talvez, compreender o seu significado e a Verdade. Isso está a par da Responsabilidade.

Neste mundo, como em toda a criação (mesmo dita Unificada), como nas outras Dimensões, existe um princípio inalienável, invariável, impermanente e permanente (quando se trata de mundos instalados com uma duração linear) que é a Responsabilidade.

Essa Responsabilidade ilustra-se por esta frase: «vocês são responsáveis pela vossa criação, por aquilo que criarem».

A Responsabilidade, neste mundo (onde nós passamos, também), é uma carga, um peso, um despertar e, muitas vezes (a maioria delas) o conjunto das três escolhas ao mesmo tempo. A Responsabilidade de que falo exprime-se, desta vez, naquilo que vocês vão criar (ou já criaram). Vocês criam, de qualquer modo, aquilo que Vibram. 

Existe, por esses Mundos múltiplos, aquilo que chamamos de Criadoras (numa linguagem mais próxima da vossa: formas de Consciência dotadas de Consciência e capazes de criar a Consciência). Existe, também, uma Responsabilidade dessas formas de Consciência, engendrando outras Consciências, de consciencializar que toda Consciência deve estar conectada («conectada» é aceito, aqui, no seu sentido o mais absoluto que nada tem a ver com a noção de elo, mas, sim, de confiança).

A confiança traz a Liberdade. Que famosa Liberdade é esta? A de não perder, justamente, o fio da confiança.

Tornar-se Responsável, é restabelecer a confiança. É restabelecer a Liberdade, não tanto como conceito, projeção, mas em realidade vivenciada.

Esta Responsabilidade exprime-se na abertura de novos campos de percepções da Consciência, em ressonância direta com a confiança, identificado com o Absoluto.

Cada Consciência é Livre e Autônoma. Ela é, portanto, Responsável pela sua própria Criação, pela sua procriação, pela sua recriação, e pela sua incriação. Segundo o Absoluto, a Responsabilidade não é um peso, mas uma leveza porque ela vos desgruda, literalmente, da Ilusão. Ela descristaliza o mundo (as suas crenças) para vos fazer viver, justamente, o que está alem da limitação.

Ser Responsável é, portanto, uma Libertação. Ser Responsável apela às virtudes que eu designaria cardinais. Virtudes cardinais que apelam a elementos que estão bem para lá daquilo que é designado discernimento ou intuição e que poderiam ser designados pelo nome de Estrelas: CLAREZA, PRECISÃO, KI-RIS-TI, VISÃO.

A Visão que exprime a Responsabilidade (e que se exprime no seio da Responsabilidade) não é nem a visão dos olhos (alterada), nem a Visão Etérea (em vias de se instalar), nem a Visão do Coração, ainda menos uma visão Interior ou exterior. É uma Visão direta da Consciência.

KI-RIS-TI é a realização do estado Crístico, isto é, o CRISTO Solar ou o Logos Solar. CLAREZA e PRECISÃO são a transcendência do Bem e do Mal tal como é conhecido (aceito ou não), vivenciado, de qualquer forma, neste mundo onde vocês estão encarnados.

Tornar-se Responsável é, portanto, estar consciente da função essencial do Absoluto que é: a criação, de-criação, recriação.

Vocês foram designados, por certos Intervenientes: Crianças da Lei do UM.
As Crianças do UM (ou Crianças da Lei do UM) constituem uma confiança e uma Responsabilidade que não podem manifestar-se, aqui ou em qualquer outro lugar, senão através da Autonomia e da Liberdade.

A Responsabilidade é centrar-se e retornar, claro, ao eixo restabelecido designado AL/ OD, fazendo-os dizer, enquanto Verdade Absoluta, como o CRISTO vos disse: «eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, sem princípio e sem fim», em todo o caso, não localizado no tempo e no espaço. Neste caso o Alfa e o Ômega não são separados (nem divididos), mas participam e procedem da mesma Verdade que é, claro, Absoluta.

Ser Responsável é ser Alfa e Ômega. É retificar aquilo que deve ser retificado. É estar alinhado e conectado, bem além do Alinhamento corpo/ Alma/ Espírito. É estar conectado de novo, à FONTE, ao Alfa e ao Ômega.

Onde eu quero chegar é que, ser Responsável vai conferir ao que vocês são a capacidade de se deixar penetrar pela Unidade, de deixar morrer a Dualidade e de se instalarem no seio do novo paradigma que é, mais uma vez, unicamente, a vossa capacidade de Criação e, portanto, de Responsabilidade.

Este mecanismo de Responsabilidade foi designado, vulgarmente: Ascensional, Ascensão, ou ainda Translação Dimensional. A Ascensão, pela junção do Manto Azul da Graça (nesta última etapa final: Casamento da Luz), está inscrita sobre uma das faces da Vibração cúbica Metatrônica, em relação com CLAREZA/ PRECISÃO, KI-RIS-TI/ VISÃO.

Assim, a etapa que vocês têm a viver, hoje, depois de terem passado pelo vosso próprio choque (se ainda não aconteceu, cujo testemunho mais pesado é a Noite Escura da Alma) vos chama e vos convida a libertarem-se da opressão da personalidade e a estabelecerem-se na Responsabilidade (que é um outro nome da Autonomia e da Liberdade).

Ser responsável, exercer a responsabilidade, é apreender e compreender que vocês são, vocês mesmos, aqui e em qualquer lugar, o teatro das operações e que não há absolutamente nada exterior ao que vocês São

Se cada Consciência, cada ser humano encarnado, se responsabilizasse por isso, a Ilusão do mundo desapareceria instantaneamente, com um efeito de alavanca considerável. O Cristo disse-vos: «quando estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei entre vós».

Questão: A ausência de escolha significa que o livre arbítrio é uma ilusão?
Sim, na totalidade. O livre arbítrio consiste simplesmente em crer que vocês têm escolha. O único livre arbítrio que vocês têm é o de saber quanto tempo demorarão a compreender que vocês são Livres.

O livre arbítrio remete-vos para a Dualidade. A Liberdade remete-vos para a Graça. A única responsabilidade é, portanto, passar da ilusão do livre arbítrio à Verdade da Liberdade.

Não pode existir Liberdade com o livre arbítrio. Não pode existir livre arbítrio com a Liberdade. O livre arbítrio não é mais do que um jogo. A Liberdade é uma Graça. O livre arbítrio resulta da ilusão da escolha, em ressonância com o aprisionamento da Consciência. A Liberdade resulta da Autonomia, da Graça e da Responsabilidade.

Questão: A Liberdade é saber que não há escolha?
Enquanto vocês estão neste mundo, efetivamente, a Liberdade é a de saber que vocês não têm nenhuma escolha e nenhuma Liberdade. A partir do instante em que deixarem de acreditar, a partir do instante em que não se identificarem mais (sobretudo agora) com o que vocês acreditavam ser, instantaneamente realizam o Absoluto.

Vocês só serão Livres, única e exclusivamente, quando forem para o outro lado. É a única forma de por fim à Ilusão. Mesmo o acesso à Unidade, pela Luz Vibral, é já uma experiência que vos faz viver a Alegria, o Samadhi. A questão que devem colocar é a de definir tudo aquilo que creem ser e, de seguida, fazê-lo desaparecer. Quando tiverem feito desaparecer tudo aquilo que vocês creem ser, quando não restar mais nada de todas as vossas crenças, nesse momento, vocês viverão o Absoluto. Nunca antes.

Questão: Se tudo está consumado nos outros Planos e se nós não temos escolha, qual o efeito do Manto Azul de Maria?
Ele inscreve-se, eu diria, na atualização deste “tudo está consumado”. Quando eu digo, e quando vos foi dito, que estava consumado, estão vocês mesmos consumados? Se vocês estão do outro lado, vocês estão consumados, não estão mais preocupados com esse corpo, com essa vida, com tudo o que faz esse mundo. Isso não é uma negação, mas é uma transcendência.

Não há outra maneira de realizar o Si, de viver a Unidade e de viver o Absoluto. Vocês não podem ter uma personalidade e viver o Absoluto. Vocês não podem ser as vossas crenças e viver o Absoluto. Vocês não podem ser esse corpo, essa pessoa, ter essa função e viver o Absoluto. Mas são apenas palavras, enquanto não o viverem.

A última questão a colocar-vos é a seguinte: Eu sou Livre? E vejam. E observem. Estão vocês apegados a algo deste mundo? Então, se a resposta é sim, vocês não estão Livres. Querem ser Livres? Se a resposta é sim, então Libertem-se. É a isso que o Manto Azul da Graça vos convida.
18-02-2012

Eu tive a oportunidade de falar sobre a Liberdade, sobre a Autonomia, sobre o conhecido e o Desconhecido. Na minha última vida encarnada, sobre esta Terra, eu vivenciei, muito jovem, um choque. Muitas vezes, nessas condições, há como uma sideração da própria vida: uma parada, um assombro. Nos dias, nas semanas e nos meses que se seguiram ao choque que eu vivenciei (e que me é pessoal), ao meditar sobre o próprio sentido desse choque, do seu significado e da sua relação com a minha própria vida, de um golpe, de um único, o local onde eu estava (que eu olhava como uma forma de devaneio), esta paisagem, esta natureza maravilhosa que eu observava, subitamente, transformou-se. Ela se tornou Vivente, como animada de um sopro outro do que me era dado a ver pelos meus olhos. Tudo se animou, tudo se tornou (e eu não tenho palavra melhor) Vivente.

No momento anterior, o que eu achava bonito e majestoso foi, então, considerado como morto. E, no entanto, eu tive que me render à evidência: o que eu observava estava sempre aí, mas possuía qualidades diferentes. Esta experiência, que eu qualifiquei, em seguida, de indizível, não podia ser comunicada de qualquer forma. Mas aí, nisso que ocorreu, nisso que se desenrolou, existia um elemento estritamente desconhecido, que me fez sair, de algum modo, do conhecido. E, no entanto, enquanto vivendo isso, pela qualidade de introspecção que era a minha, eu compreendi, de imediato, que, nunca, eu poderia compartilhar esta experiência transcendente. Que, nunca, eu poderia, com palavras, compartilhar o que eu tinha vivenciado.

Então, eu percebi que a única coisa que era possível, naquele momento (graças a esta faculdade de introspecção), era descrever, de alguma forma, os meios que iam permitir ver além do que era visto, além do Véu, ir do que é conhecido a este Desconhecido.

E que porque isso era a consequência (para mim, como para todo ser que vive isso) de viver a Liberdade, a Autonomia e o que eu denominei, recentemente, a Responsabilidade.

O que foi mais notável é que, naquele momento, minha relação com o mundo, minha relação com os outros, foi irremediável e radicalmente transformada. Eu estava, então, frente ao que eu nomeio, ainda hoje, este Desconhecido que, é claro, tornou-se a minha natureza, como ela está prestes a se tornar a de vocês.

Mas em toda a minha vida, por este choque inicial, eu compreendi e me apreendi e tentei transmitir, da melhor forma que eu podia, que este Indizível, que este Desconhecido, apenas podiam se manifestar e existir (enquanto estando sempre aí) a partir do momento em que o conhecido tivesse desaparecido na totalidade.

Eu me apreendi de que toda relação devia ser livre e de que toda relação que estava inscrita numa dominação, num poder, numa organização (mesmo a mais lógica: social, espiritual, familiar), jamais permitia viver isso.

De que enquanto existia a persistência de um conhecido, enquanto a pessoa mantinha esse conhecido (mesmo em seus aspectos os mais agradáveis, os mais atraentes, os mais amorosos, digamos), este Absoluto não podia penetrar ou não podia, de algum modo, deixar-se penetrar por este Desconhecido. Porque a relação, por essência, é sempre fundamentada em uma necessidade de confiança, em uma necessidade de amor, em uma necessidade de certezas. Mas todas essas relações não são Livres. Elas dão a impressão da liberdade, do substituto da liberdade, do substituto do amor, mas elas não irão lhes permitir, jamais (em sua realização a mais total, mesmo), viver o Desconhecido e viver a Liberdade. Não há então, fundamentalmente, relação livre.

A única relação verdadeira é aquela que se estabelece muito além da pessoa, muito além da alma, muito além do Espírito, muito além de todo discurso podendo fazê-los crer na existência de relações entre almas, entre Espíritos, entre as Dimensões, ou entre vocês e seja com quem for.

Eu cheguei, naquele momento, a desfazer minha afiliação de qualquer organização.
Porque, a partir daquele instante, eu me apreendi de que nenhum movimento, nenhuma organização, nenhum grupo podia realizar isso, porque o conjunto disso não podia se inscrever em nada de conhecido, nada organizado, nada estruturado ou sistematizado. O Desconhecido não pode se acomodar a nada de conhecido.

Enquanto houver o conhecido, há persistência, em meio a este mundo, desta pessoa, qualquer que seja a sensação, quaisquer que sejam as experiências, qualquer que seja ainda o lado agradável ou bonito.

O conhecido jamais conduz ao Desconhecido.
A Liberdade, a Autonomia, a Responsabilidade, o Si, apenas pode estabelecer-se a partir do momento em que vocês tenham interrompido, nos próprios mecanismos do seu pensamento, todos os apegos, a qualquer religião que seja, a qualquer pessoa que seja, a qualquer identidade que seja.

Vocês não podem pretender ser Livre sem se Liberar realmente. Vocês não podem se reencontrar para estar no Desconhecido, estando no conhecido, qualquer que seja. Enquanto existir, em vocês, um sentido de propriedade, um sentido de apego, a quem quer que seja, a qualquer conceito que seja, vocês não podem pretender o Desconhecido, a Liberdade e, ainda menos, a Liberação.

Apreendam-se bem (e aí está todo o paradoxo ou, se o podemos dizer, a aparente dificuldade) de que não há, portanto, nada a rejeitar, nada a romper, exceto em vocês mesmos, no nível do que vocês concebem, do que vocês creem, de tudo o que foi experimentado.

Eu então afirmei, e eu reafirmo, hoje, que não há qualquer guru, qualquer mestre, qualquer ser que possa conduzi-los à Liberdade e à Liberação. Há apenas ressonâncias (em meio a uma relação a mais livre possível) que podem levá-los a reconsiderar o que vocês chamam de liberdade, de liberação, o que vocês chamam de conhecido.

Não há, portanto, solução de continuidade, e todo engano da pessoa está aqui: é crer que a Luz, impactando-se nas Estrelas, nas Coroas, vai preenchê-los e vai transformar alguma coisa em vocês.

É impossível.
Viver a Liberdade e a Liberação é abandonar muito mais que a pessoa. É abandonar até mesmo a Luz que é vivenciada como exterior. 

Ser Luz não é preencher-se de Luz.
Ser Livre não é evocar a Liberdade.
É, já, apreender-se do que ela não é.

Do mesmo modo, o Absoluto não pode ser compreendido.
Ele apenas pode ser aproximado através do que ele não é. Assim como houve durante o meu choque (que é também o choque de cada um) um antes e um depois, há, efetivamente, uma Passagem.

Essa Passagem não pode ser decidida em meio ao conhecido.
Ela necessita, além do Abandono à Luz, de um Abandono do Si e da pessoa, na totalidade.

O que não é, no entanto, um suicídio ou o fato de negar o que quer que seja, mas, sim, estar em uma lucidez nova, aceitar que não pode haver qualquer autoridade, qualquer ser, qualquer guru, qualquer deus, qualquer circunstância, que possa levá-los ao que vocês São.

Mais uma vez, é apenas afastando da sua consciência tudo o que é consciente, todas as experiências que, em última análise, vocês irão superar até mesmo a consciência do Si. Resultando no que nós poderíamos denominar, de diferentes modos, o Tudo, o Absoluto, “Eu e o Pai somos Um”, ou, ainda, o Brahman e o Parabrahman ou, se vocês preferirem, o fim do conhecido. Esta salvaguarda sempre é inscrita em relação a uma norma, a uma regra.

Eu afirmo, como eu afirmava durante a minha vida, que nenhuma regra, nenhuma forma, nenhum limite pode se manter no Ilimitado.

Nenhuma definição, nenhum conceito e nenhuma percepção sequer (habitual, sensorial) pode definir o que não se enquadra em qualquer definição. E, no entanto, é daí que se tem a Verdade, a Eternidade e que se tem, exclusivamente, o que vocês São, o que nós Somos. A Liberdade inscreve-se em uma relação totalmente nova, desvencilhada, é claro, de todo apego, de todo papel, de toda função mesmo, e, sobretudo, de toda vontade inerente à pessoa.

Não há pior obstáculo a esta Liberdade do que a ‘vontade de bem’, do que a vontade de organizar, de estruturar esta experiência.

Não há pior obstáculo ao Desconhecido do que o conhecido. Tudo o que vocês mantêm, mantém-nos, de maneira inexorável e definitiva. É preciso, então, aceitar, como dizia nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV) largar, nada mais ter, encarar o nada do conhecido, para viver o pleno.

A postura da relação (qualquer que seja esta relação) deve ser concebida como uma postura de Liberdade e de Liberação total. O Amor é esta Liberdade.

Ela não está em uma projeção do que quer que seja no exterior do ser, mesmo que isso seja atraente, mesmo que isso seja tranquilizador, mesmo que isso possa parecer satisfazê-los. Qualquer que seja o ato que vocês empreendam, com um outro ou uma outra, há necessariamente uma reprodução, porque há necessidade, efetivamente, de preencher isto que está vazio em vocês.

Qualquer relação do conhecido, qualquer relação com um outro ser, jamais poderá preenchê-los, de maneira alguma, porque vocês já estão preenchidos. Como é que (por exemplo, na paisagem que me foi revelada) poderia não estar ali, no instante anterior? O que mudou foi a minha visão, além de toda percepção e da própria visão ocular.

O que vai restar, no momento da partida?
O que me restou quando eu perdi, jovem, o que eu tinha de mais caro aos meus olhos: o nada, a aniquilação. E é em meio a esta aniquilação que nasceu (enfim, eu o acreditei) o que estava aí, desde toda Eternidade.

Eu, então, de algum modo, transcendi o conhecido, atônito diante do Desconhecido desta morte que me havia tomado o que eu tinha de mais caro, para descobrir que, de fato, nenhuma relação, em meio ao conhecido, podia satisfazer coisa alguma.

Foi, então, naquele momento, minha responsabilidade, como isso é hoje, atrair sua atenção, sua consciência, de que nada do que lhes é consciente, nenhuma relação presente com um outro, ou mesmo no interior de vocês, nas diferentes partes da pessoa, nenhuma lógica, nenhum contexto de referências, nenhuma ação, pode levá-los ao Desconhecido.

A Ação da Graça, esse Casamento Místico é o momento em que o complexo que foi nomeado, eu creio, inferior (o corpo físico e seus envelopes sutis), casa-se com o complexo, se o podemos nomear assim, além do conhecido, no Desconhecido, além mesmo do corpo de Estado de Ser, além mesmo do Si.

Mas mesmo esse Si, qualquer que seja a leveza que ele proporcione, não é a Verdade. A única Verdade é aquela que vocês não podem imaginar, conceber, perceber e nem mesmo sentir.

O Absoluto está além de toda percepção e de toda sensação e, sobretudo, além de toda projeção, de toda relação, porque todas as relações tornam-se não apego.

O Casamento Místico, como eu o vivenciei olhando essa paisagem, vai muito além da simples comunhão do que é vivenciado, mas os faz perceber a ausência total de distância entre o que vocês acreditavam ser anteriormente (uma pessoa) e a própria paisagem. Nenhuma afirmação, nenhuma experiência em meio ao conhecido (mesmo através de um caminho Vibratório, energético, que vocês vivenciaram, ou não), pode levá-los a esta outra margem.

Porque existe, em meio ao que é chamado de vida sobre este mundo, em meio à pessoa, um princípio, que sequer é questão de discutir a existência, e que eu denominaria princípio de sobrevivência.

Este princípio de sobrevivência inscreve uma forma de perenidade ilusória nesse corpo. Esses mecanismos de sobrevivência são perfeitamente conhecidos. Eles não são, então, o Desconhecido e eles absolutamente não conduzem ao Desconhecido já que são, ainda, a salvaguarda impedindo-os, de maneira muito lógica, de aceder e de Ser este Desconhecido.

A relação justa é uma relação que se torna impessoal e que o é, porque no Si, como no Absoluto, não há mais limite, não há mais papel, não há mais função, não há mais organização. O outro não é visto como uma outra forma, mas, sim, como parte integrante, além de toda visão, deste Desconhecido que nós Somos.

A Liberdade e a Verdade são um país ou um território sem qualquer caminho.
amado, através de um amigo. Ora, não existe qualquer caminho para o Absoluto. Ele está aí, desde toda Eternidade. Como o que está aí, desde toda Eternidade, poderia ser buscado ou encontrado, já que ele já está aí?

Quando nós dizemos que vocês São a Eternidade, que vocês São a Graça, que vocês São a Doação da Graça, isso não é uma afirmação gratuita ou uma autossugestão. Vocês devem, se tal for o seu desejo, liberar-se totalmente de tudo o que é conhecido, conceber que não há caminho, em última análise, para aperceber-se de que não há território, de que não há país, de que não há pessoa e de não há mundo. Sem, no entanto, que isso seja uma rejeição seja do que for.

O Desconhecido não tem o que fazer do conhecido, mas ele o integra.
O Ilimitado não tem o que fazer do limitado e, no entanto, o limitado apenas pode estar contido no Ilimitado. Vocês estão exatamente na mesma situação. Vocês estão exatamente na mesma suposição e há apenas vocês que podem realizá-lo, aceitando que estritamente nada há a realizar.

A única relação exata não pode ser estabelecida com uma das partes do Tudo, mas, sim, com o Tudo. A Consciência, em última análise (qualquer que seja: limitada ou do Si), será apenas, sempre, a expressão de uma simples separação, mais ou menos pronunciada.

Muitas vezes o ser humano fala do Amor.
Ele mesmo criou religiões, em nome do Amor, cujos atos têm sido a antítese do Amor. Todo mundo conhece as relações amorosas, filiais, maternais, mesmo as mais ideais, que sempre terminam tragicamente. Por quê? Porque a morte, inelutável, faz desaparecer toda ligação.

A relação (quando ela é apreendida além de tudo o que pode ser conhecido) irá liberá-los porque, em última análise, a única relação que pode permanecer e que é Verdade, está muito além da relação, tal como é compreendida. Ela é Comunhão, Fusão, Dissolução. Ela é este Êxtase ou esta Íntase muito particular, além do Samadhi, onde a própria identidade (se ferozmente mantida na Ilusão) desaparece.

E no desaparecimento da Ilusão da identidade, há estabelecimento no Absoluto, onde, efetivamente (e concretamente, não por projeção, por desejo ou suposição) tudo é Um, porque na mesma Graça, na mesma Onda, na mesma Liberdade.

Apreendam-se bem, também, de que vocês não podem eliminar qualquer relação existente sobre este mundo, mas mudar o olhar, se servir da Inteligência para compreender que tudo está indissoluvelmente conectado. Mas não conectado em uma relação de posse ou de amor, qualquer que seja, mas, sim, como a própria expressão da Natureza do Amor.

Ser humano é, justamente, escapar, sem renegar, a todo condicionamento, a toda percepção, a toda concepção, a refutar tudo o que é conhecido. Não há outro caminho. Não há outra possibilidade, doravante, senão Ser o que vocês São, aí onde vocês estão.

Esta Doação da Graça representa o momento final em que, como dizia A FONTE, o Juramento e a Promessa são revelados.
Eles sempre existiram. Aí onde vocês se têm é o que vocês são. Agora, olhem, com inteligência, quais são as suas relações. Toda sutileza está aí. Não há ninguém a seguir.

O Amor não pode ser uma projeção do que quer que seja, para com o que quer que seja, já que o Amor é a própria Natureza do átomo, dos mundos, de toda Dimensão, além de toda apropriação, além de toda suposição.

Hoje, o conjunto das circunstâncias da Terra os chama.
O Som do Céu, o Som da Terra, os vulcões, apenas refletem o que acontece em vocês.
O apelo percebido, no Céu como na Terra, é o apelo da Doação da Graça, em vocês.
As lutas que vocês observam sobre este mundo são apenas as suas próprias lutas.

Tudo o que vocês rejeitarem deste mundo apenas representaria, em última análise, o que vocês rejeitam em vocês mesmos. A Doação da Graça é um apelo à Liberdade e à Autonomia, à sua Responsabilidade.

A Doação da Graça é, efetivamente, um deleite permanente.
Este deleite não tem o que fazer do deleite limitado, porque este é um deleite Ilimitado. O verdadeiro Amor, os faz considerar todos os seus Irmãos como parte integrante de vocês mesmos, porque essa é a estrita Verdade, que apenas pode se revelar (embora sempre estivesse aí) a partir do momento em que vocês aceitam ir além da pessoa.

Em outras palavras, não há outro Apocalipse senão este: enquanto a pessoa considera, de uma maneira ou de outra, um fim, ela se reconhece, então, finita, ela se reconhece, então, efêmera.

Aquele que vive esta relação final saiu definitivamente dos jogos de papeis, dos jogos de posse, dos jogos de atribuição de papeis ou de poderes.

Porque não há outro poder que o poder da Vida, que é Doação da Graça. Onda da Vida. Onda do Éter.
Onda da Eternidade.

Não há outro Casamento que aquele da sua Liberdade.
Não há caminho. Não há território.
17-03-2012

A Liberdade de que vos quero falar é a que se vive no seio da própria consciência, a partir do instante em que a consciência não se sente mais tributária dos limites, das regras, dos condicionamentos e das obrigações, criadas pela própria personalidade. 

A Liberdade torna-se um problema fundamental que junta, de qualquer modo, a maturidade espiritual, ou seja, o momento em que se vai colocar o questionamento mesmo do sentido da vida, mesmo do sentido da encarnação. Questionamento do qual as respostas, levadas mesmo ao seio deste mundo, não encontram mais eco em vós.

Quer isso se refira às leis ditas de evolução, quer isso se refira ao carma, quer isso se refira às responsabilidades nas quais vocês estão comprometidos, uma libertação de qualquer um desses aspectos não vos torna Livres. O problema da Liberdade coloca-se, no momento da maturidade e da interrogação, não mais sobre o sentido da vida mas sobre o sentido do que é a Vida, fora, justamente, desta vida que é vivida.

A questão da Liberdade surge, de maneira inevitável, no momento da maturidade e no momento em que as diferentes liberdades, vividas ou procuradas, não preenchem mais a consciência encarnada, e onde se coloca então, diretamente, no nível da alma, a questão essencial de uma Liberdade incondicional (não dependendo justamente de nenhum compromisso, de nenhum pensamento e, sobretudo, de nenhuma circunstância).

A Verdadeira Liberdade não pode ser concebida em meio a um mundo de Ação/Reação.

A Liberdade de que eu falo é, portanto, aquela da consciência que não está mais sujeita a um corpo, a uma função, a uma vida, a este mundo, ou ao que quer que seja que vos seja conhecido.

A Liberdade refere-se então à maturidade e à Graça.
Esta Liberdade vai se traduzir por uma ruptura.
Uma ruptura de tudo o que é condicional e confinante.

Esta Liberdade, que não se refere senão à consciência (e não mais aos mecanismos do pensamento ou ainda aos mecanismos da vida, tal como nós todos os vivemos), esta Liberdade está, certamente, religada à Autonomia, porque não pode existir Liberdade sem Autonomia (tendo o cuidado de não confundir a Autonomia com a recusa de uma das quaisquer circunstâncias da vida).

A Liberdade é um elemento que é onipresente, para aquele que é Absoluto, porque nenhuma circunstância deste mundo (seja ela a mais traumatizante, a mais invalidante) se refere a ela de forma nenhuma.

A Liberdade confere, com efeito, um certo distanciamento, real e objetivo, relativamente à liberdade desse corpo, na expressão dessa vida, na expressão das vossas relações e das vossas interações. Esta Liberdade não pode ser comparada (e não é mesmo, nem comparável, nem viável, como elemento de comparação) com a liberdade, no sentido comum, relativamente à libertação de uma submissão de uma obrigação (como eu disse), ou de uma circunstância, qualquer que ela seja.

Não pode haver Liberdade sem Maturidade.
Não pode haver Liberdade sem Autonomia.
Não pode haver Liberdade sem a Graça.

Porque tudo o que a personalidade chamar «liberdade», não se definirá, final e definitivamente, senão em relação a si mesmo, em relação a uma circunstância anterior (ou a uma circunstância posterior), em ressonância com uma mudança de vida (ou das próprias circunstâncias).

A Liberdade faz-vos descobrir o Amor, não expresso através de um sentimento, não expresso através de um ideal, não expresso através de uma condição (mesmo denominando-o de incondicional). Mas a Liberdade do Amor é tal que aquele que se instala na Vibração do Amor, através do conjunto dos elementos que vocês conhecem (como o Fogo do Coração, mas isso não é limitativo), desencadeia, no seio da consciência, uma Liberdade não comparável a nenhuma outra.

Esta Liberdade leva-vos – de maneira abrupta e muitas vezes direta – a não mais se viverem, simplesmente, como a expressão de uma consciência, a não mais se viverem como, simplesmente, a expressão de uma encarnação, mas faz-vos perceber que tudo isso não é senão passageiro, não é senão efêmero e não se refere, em nada, ao que vocês São, na Verdade. Certamente, viver e experimentar esta Liberdade, é colocar-se diretamente sob a sua égide.

Esta Liberdade é Amor porque o Amor tem por natureza Ser a Liberdade. Não pode haver Amor sem Liberdade.

A Liberdade não é, portanto, apenas escapar aos condicionamentos, não é, portanto, apenas considerar a existência de uma prisão e sair da prisão. A Liberdade é bem mais do que isso: é o momento em que a consciência não está mais inferida (nem em desacordo) com uma qualquer circunstância de vossa vida (como da vida em geral).

A Liberdade cria, portanto, uma forma de distância. Mas esta distância é, simplesmente, uma mudança de profundidade, uma mudança de visão, uma mudança de percepção também, que não está submetida, nem sujeita a qualquer deste mundo.

Aquele que não se coloca a questão da Liberdade (nas suas grandes linhas) está, por evidência preso aos seus condicionamentos, aos seus autocondicionamentos e aos confinamentos criados pela consciência dissociada. Colocar-se a questão da Liberdade é, portanto, já considerar que pode existir uma possibilidade de outra coisa além do que é conhecido.

A Liberdade é sempre concebida em relação a uma situação anterior e a uma situação posterior, onde o elemento que parecia privar de liberdade não está mais presente. Esta liberdade, refere-se, é claro, exclusivamente, ao relativo da personalidade.

A Liberdade de que vos quero falar é de um outro gênero porque esta Liberdade não depende do sentimento de estar privado de liberdade, neste mundo, em relação a um acontecimento ou a uma ação. A Liberdade de que vos quero falar é a da consciência.

A Liberdade de que eu falo não tem nada a ver com o conjunto das circunstâncias da vossa vida. Há, certamente, inúmeras liberdades. A Liberdade de que eu falo também não é, nem a liberdade de pensar, nem a liberdade de criar, mas antes, mais uma vez, a Liberdade da própria consciência. Não pode existir Liberdade desde que exista um enquadramento.

Durante a nossa encarnação, nós estamos num enquadramento, cujos limites são naturalmente formados pelos limites deste corpo e a consciência subjacente (consciência deste corpo, como consciência da própria pessoa). A única Verdadeira Liberdade é aquela que se refere, exclusivamente, à consciência, e ao que vocês São, para além da consciência. Não pode haver Liberdade enquanto a consciência estiver constrangida ou fechada (no seio de uma circunstância, no seio de um corpo, no seio de uma relação)

A Liberdade não depende, portanto, absolutamente nada das privações de liberdade, das circunstâncias exteriores, nem mesmo da vossa liberdade ou capacidade de pensar Livremente, ou seja, libertos das crenças e do conhecido (mesmo se, não estar mais sujeito às crenças e ao conhecido, é uma etapa maior para a Liberdade). Isso não é suficiente (pela sua erradicação) para vos tornar Livres.

É neste sentido que o amor, empregue no sentido humano, conhece todas as limitações que todos nós conhecemos (quer isso seja através das palavras pronunciadas, quer isso seja através de uma relação corporal, afetiva, familiar ou outra).

A Liberdade não é, portanto, apenas escapar aos condicionamentos, não é, portanto, apenas considerar a existência de uma prisão e sair da prisão. A Liberdade é bem mais do que isso: é o momento em que a consciência não está mais inferida (nem em desacordo) com uma qualquer circunstância de vossa vida (como da vida em geral).

A Liberdade de Ser (e a Liberdade do ser) vive-se a partir do instante em que certos estados da Consciência Última se manifestam. Ela é um mecanismo partindo, portanto, do interior, mas cuja tradução, no seio do que eu denominaria o exterior (ou seja, as circunstâncias de vida), é mesmo a de os pacificar, de os transformar, sem nenhuma vontade própria, pessoal, sem nenhuma decisão.
A Liberdade rima também com o não-medo.

Porque toda a expressão de medo não é senão uma privação de Liberdade (da Liberdade de que eu falo). Toda a manifestação de medo e toda a manifestação dos elementos pertencentes à consciência separada, não são senão freios à Liberdade.

A Liberdade está profundamente conectada, também, à noção de Sacrifício e de Ressurreição.

A Liberdade é, muito exatamente, o que vos vai ser proposto. Esta proposta pode parecer, num primeiro tempo, inadequada. Inadequada pelo fato da existência das crenças, pelo fato da existência dos condicionamentos, do conjunto das circunstâncias da própria vida encarnada.

Ser Livre não depende de qualquer circunstância exterior. 
Ser Livre é, portanto, uma emancipação: uma emancipação do conjunto dos condicionamentos, uma emancipação do conjunto das crenças, uma emancipação do conjunto do que foi denominado «Linhas de Predação», tendo consciência que a Liberdade não se obtém por se subtrair desses elementos (nem mesmo de nenhuma lei) mas antes observando-os pelo que eles são (ndr: referência às «Linhas de Predação»), nesse olhar justo daquele que É Livre.

O conjunto das circunstâncias deste mundo apenas faz refletir, em última análise, o medo da Liberdade.

O medo é estrutural.
O medo é confinante.
O medo põe limites.

A Liberdade põe fim aos limites e, portanto, aos medos. Compreendam bem que esta Liberdade não é o resultado de uma ação, ainda menos de uma reação e, ainda menos, ação de uma vontade, visando modificar as circunstâncias exteriores.

A Liberdade de que falo apenas sobrevém no momento, específico, do que foi chamado de Transparência total.

A Liberdade resulta da Humildade.
A Liberdade resulta do esvaecimento.
Este esvaecimento não é, em caso algum (como eu o disse), uma fuga das circunstâncias da vida, mas, sim, um mecanismo muito mais sutil e Interior, referente à própria consciência.

A Liberdade é também considerar, e viver, e realizar, que vocês não dependem de nenhuma circunstância de vida, como de nenhuma circunstância espiritual, para Ser Livre. Enquanto existir uma crença de que vocês se vão Libertar e encontrar a Liberdade (por uma ação ou no seio das circunstâncias da vida, como no seio da vida denominada espiritual), vocês se enganam. 

A Liberdade nunca é um trabalho.
A Liberdade nunca é uma ascese. A Liberdade nunca é outra coisa senão uma renúncia ao efêmero, senão uma renúncia ao medo.

O medo, qualquer que seja, não tem necessidade de ser combatido: ele tem simplesmente que ser olhado. É a atitude mais correta que irá permitir-lhes descobrir a Liberdade ou pelo menos colocar-se a questão da Liberdade.

Enquanto esta questão não vos aparecer (e eu não vos falo, mais uma vez, das circunstâncias da vida encarnada), enquanto a Liberdade não vos chamar, no seio da vossa consciência, vocês não podem ter dela senão uma definição e uma aproximação condicionadas, eles mesmas, pela existência das condições deste mundo em que nós estivemos encarnados e onde vocês estão encarnados. Os agentes da Liberdade e da Liberação são múltiplos.
Eles representam os Elementos.

Os agentes da Liberdade e da Libertação são múltiplos. Alguns deles vos foram explicados. Eles representam os Elementos.

A implantação destes Elementos (realizando a implantação do Coração Ascensional), a morte (o abate), de qualquer modo, das Linhas de Predação pessoais (pelo Abandono à Luz e o Abandono do Si), assim como a subida da Onda da Vida, são circunstâncias prévias à Liberdade. A Liberdade, enfim, põe fim, de maneira definitiva (se isso já não foi o caso anteriormente), ao conjunto das predações, ao conjunto dos confinamentos existentes antes da Liberdade.

O simples fato de ver claramente as coisas, o simples fato de ver os mecanismos da consciência trabalhando (quando ela está submetida ou quando ela é Livre) vos permite, claramente, identificar onde vocês estão relativamente à Liberdade. A Liberdade vos conduz, portanto, a viver outra coisa. A Liberdade vos conduz a experimentar e a se instalarem, para além dos limites e contingências, tanto Interiores como exteriores.

Eu dizia que o Amor é Liberdade porque o Amor não pode, justamente, se deixar fechar em nenhuma circunstância, em nenhuma ligação, em nenhuma falta, como em nenhuma plenitude.

Esta Liberdade está, certamente, ligada à Autonomia. Mas esta Liberdade é, antes de tudo, o desaparecimento, total, de todo o medo, no seio dos campos de expressão da consciência. Nesse momento o ser que vive isso, quer ele seja ainda tributário de um corpo (nas circunstâncias deste mundo), não tem que ser afetado pelas ditas circunstâncias.

Ser Livre é não mais estar condicionado e, sobretudo, não mais ser condicionável.

Também não pode existir Liberdade enquanto em vocês existir o mínimo julgamento sobre as circunstâncias deste mundo. Toda a condenação, todo o julgamento, relativamente a uma circunstância (quer isso seja um acontecimento ou uma pessoa), vos afasta da Liberdade. Porque o julgamento, em si mesmo, traz nele os seus próprios ferros e o seu próprio confinamento.

Aquele que vive a Liberdade não pode, portanto, de forma nenhuma, aprisionar (confinar) ninguém. Porque, a partir do instante em que existe uma predação ou uma sujeição de uma pessoa, qualquer que ela seja (mesmo a mais próxima de vocês), não há mais Liberdade.

E isso sente-se. Este sentir não é Vibratório. É um Estado indizível, que se associa, frequentemente, à Morada da Paz Suprema. Mas uma Morada da Paz Suprema que não tem que ser vivida em Íntase ou em Êxtase mas que se exprime espontaneamente, quaisquer que sejam as circunstâncias da vossa vida.

A Liberdade se vive, quaisquer que sejam as circunstâncias e quaisquer que sejam as condições deste corpo, assim como dos seus pensamentos.

A Liberdade é o elemento que lhes propicia ver a realidade ilusória deste mundo, o peso do efêmero.

A Liberdade vai aumentar a Alegria.
A Liberdade vai aumentar a Paz e a Tranquilidade.

A Liberdade é acompanhada de um desaparecimento, puro e simples, dos pensamentos (salvo quando estes são, certamente, solicitados, pelas necessidades das circunstâncias da vida). A Liberdade é, portanto, uma vacuidade (vazio). Ela não é mesmo uma expansão Dimensional, uma viagem em Estado de Ser ou uma instalação no Absoluto. A Liberdade é bem mais que um sentimento Interior. Ela é um Estado do Ser onde nenhuma sujeição se pode concretizar, onde nenhuma tomada de poder se pode manifestar (tanto num sentido como no outro).

A Liberdade, enfim, é Leveza, em relação a este corpo, como em relação às circunstâncias da vida.

Aquele que é Livre não pode considerar restringir a Liberdade de ninguém. Isso poderia se chamar um esvaecimento ou uma Humildade.

Porque aquele que é Livre não pode reivindicar nada, tanto no seio das circunstâncias deste mundo, como no seio das circunstâncias espirituais. Liberdade basta-se a si mesma. Aquele que é Livre sabe-o. Aquele que é Livre vive-o. E esta Vida não é afetada pelas circunstâncias. Colocar-se a questão da Liberdade deve fazer evitar a armadilha de pensar na Liberdade no seio deste mundo (como a liberdade de uso do tempo, a liberdade de fazer o que vocês querem).  

A Liberdade de que eu falo não é uma liberdade de fazer mas antes uma Liberdade de Ser, para além de todo o fazer.

Lembrem-se que a Liberdade é ausência de referências, ausência de limites e ausência de restrições, ausência de referenciamentos a uma experiência de vida, ausência de ligação com uma circunstância de vida (tanto Interior como exterior).

Esta Liberdade não é a sede de uma interrogação sobre as circunstâncias, ou sobre “como melhorar seja o que for”. Porque a Liberdade é, ou ela não é. A Liberdade que é para viver é aquela do Coração e aquela da Luz. Ela não é tributária de qualquer forma, de qualquer lei.

A Liberdade é a nossa Natureza e a nossa Manifestação, a nossa Essência, além do que é limitado. A Liberdade pode causar medo porque ela é acompanhada de um desaparecimento dos ditos limites e, portanto, mesmo das referências de vida, no momento em que ela é vivida. Ultrapassar este medo instala a Liberdade, de maneira definitiva.

A Liberdade é então, em muitos aspectos, sobreposta à Infinita Presença ou à Última Presença. A Liberdade é então totalmente independente de tudo o que lhes é conhecido sobre este mundo e não se importa com a liberdade do tempo, ou com a liberdade de um corpo se mover. Nesta Liberdade, é claro, não pode existir o menor medo referente a este corpo, como a outro ser humano ou, ainda, à própria sociedade.

Isso não é, tampouco, uma indiferença.
Isso não é, tampouco, uma rejeição.

Colocar-se a questão desta Liberdade, e vivê-la, é é seguramente o que se abre, em vocês, para muitos, através dos mecanismos particulares em que vos parece desaparecer, quer isso seja na percepção do corpo, quer isso seja na vossa própria consciência, quer isso seja de maneira inesperada, espontânea ou decidida, pela meditação ou pelo Alinhamento.

A Liberdade dissocia, portanto, de tudo o que pode constituir a consciência ordinária (vulgar). Ela cria (tanto na própria consciência, como no próprio corpo) uma Paz nova, uma Libertação nova, tanto do corpo como do pensamento.

Esta Liberdade não resulta nunca (como eu o disse) de uma procura, mas antes de uma cessação de procura. 

Como para o Absoluto, esta Liberdade resulta de uma forma de capitulação, capitulação do conjunto das circunstâncias deste mundo, quanto à sua compreensão, quanto à sua expressão, quanto à sua vivência. A Liberdade é o que é proposto pela Libertação. A Liberdade é o que é proposto pela Luz.

A Liberdade é da natureza do Amor e compartilha, com o Amor, uma série de manifestações.

A Liberdade é uma Dádiva da Graça.
Essa Dádiva da Graça tornou-se real e palpável pela dissolução dos medos (que isso seja o resultado da Onda da Vida ou a Ação do Manto Azul da Graça), pelo Canal Mariano.

Esta Liberdade é acompanhada de um estado de espírito que, para além do simples não julgamento e da não condenação (de uma circunstância ou de um ser), vai realmente acompanhar-se de uma percepção e de um sentimento, bem reais, de desaparecimento deste mundo: coisa que se produz em certos estados Interiores. Viver o esquecimento de si, viver o esquecimento das suas próprias circunstâncias corporais e dos pensamentos, entreabrir a Porta da Liberdade e instalar-vos na Liberdade.

Enquanto existir, em vocês, a crença de que a Liberdade dependerá de um emprego de tempo, de uma circunstância espiritual ou material, vocês não podem Ser Livres.

A Liberdade é, enfim, Estar Vivo, além da sua vida e de toda vida, sobre este mundo.

A Liberdade não cria uma indiferença, (mesmo se não houver oposição), mas cria, realmente, um distanciamento, completo e real (afetivo, emocional e circunstancial), do que é vivido. A desidentificação e a deslocalização da consciência são etapas importantes, pré-requisitos para a Liberdade.

Elas são, de algum modo, as primícias.
Assim que a Liberdade começa a aparecer, antes que ela se instale, pode haver uma ressurgência, uma acentuação, dos medos anteriores condicionantes, que não vos devem alarmar mas, simplesmente, ser olhados pelo que eles são: emoções que passam e pensamentos que passam.

A Liberdade está bastante mais próxima de vocês, o que quer que vocês façam, quando as circunstâncias deste mundo mudam de maneira abrupta.

Um deslocamento de equilíbrio, qualquer que seja esse deslocamento de equilíbrio (quer ele esteja ligado a um dos Elementos, como ao próprio humano), é frequentemente um elemento salutar, fazendo aparecer a questão da Liberdade. Esse é o papel, em parte, dos Elementos e dos Cavaleiros, em vocês, doravante.

Passado o momento da surpresa (representado pelos diferentes choques possíveis da humanidade), o deslocamento de equilíbrio, realizado por esse choque, pode levar a uma metamorfose vital e à instalação da Liberdade.

As circunstâncias exteriores deste mundo são afetadas pelos Elementos, pela Luz Vibral, e os diferentes componentes da Luz, da mesma forma que há, em vocês, esta afetação que modifica o equilíbrio inicial. Este equilíbrio inicial se encontrará, portanto, deslocado, seja pela Liberdade, seja pelo medo. O resultado, é claro, é profundamente diferente.

Cabe a vocês estarem vigilantes nesses momentos de choque, momentos em que os Cavaleiros agem (exteriormente como Interiormente). Desta vigilância, desta observação da sua própria consciência, do aparecimento do medo ou não, irá resultar a instalação da Liberdade (se isso já não ocorreu).

Os Elementos (sobre os quais eu falei) são talvez aplicáveis, para vocês, desde agora, mas irão se tornar imediatamente aplicáveis (se tal for a escolha de vocês) quando a Ação dos Cavaleiros, sobre a Terra, for maciça.

Nessas circunstâncias (que não são mais em função, somente, da sua posição geográfica porque a Ação dos Cavaleiros vai, a um dado momento, concernir ao conjunto da Terra, momento iminente), é através desta ação global que irá se realizar, em vocês, a Liberdade ou o medo.
A Liberdade é Amor.

O medo é apenas a expressão da ausência de Liberdade.
O que se passa fora, passa-se dentro. E o que se passa dentro, passa-se fora. Lembrem-se que a Liberdade e as circunstâncias da Liberdade, são afetadas pela vossa capacidade, maior ou menor, de estar na Paz e de estar Tranquilo.
29-10-2012




CANAL YOUTOBE: http://youtu.be/ptsXqftUQwE


Trechos extraídos das mensagens do site:
http://www.autresdimensions.com
Traduzidas para o português por: Célia G., Cris Marques e António Teixeira, Zulma Peixinho.
Seleção e Edição: Ligia Borges


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C.R.A - http://a-casa-real-de-avyon.blogspot.com/


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